[tempo de leitura: 5 minutos]
Páscoa significa “passagem” representando, na Igreja Católica, a celebração da passagem de Jesus Cristo, da morte para a vida.
Em Portugal, à semelhança do Natal, mantêm-se algumas tradições, sendo um dia marcado pela feliz reunião de amigos e família à mesa, onde a gastronomia diversa ganha papel de destaque, com pratos típicos da época.
Mas se é verdade que a gastronomia constitui uma das tradições mais importantes, da reunião familiar, também a escolha de bons vinhos, para acompanhar e fazer brilhar estes pratos cheios de história, assume igual importância.
Com isto em mente, a equipa da Casa dos Vinhos 14 Regiões, criou algumas sugestões de harmonização, perfeitas para acompanhar, não só os pratos de carne que marcam o fim do jejum da Quaresma, como para saborear desde as entradas à sobremesa.
Neste momento, poderá estar a questionar, o que é a harmonização? Poderá até já ter ouvido a expressão, mas não sabe o que é?
Sendo um aspeto fundamental da experiência de degustação de vinhos, é importante saber do que se trata, pelo que damos uma ajuda.
O que significa harmonização?
A harmonização descreve o processo de emparelhamento entre o vinho e a comida, de tal forma que se obtenha a combinação perfeita, permitindo que ambos se complementem, enaltecendo a experiência sensorial.
Para o efeito, é preciso estabelecer um delicado equilíbrio, entre os sabores da comida e as características do vinho, para que um não sobressaia ao outro, anulando-se mutuamente.
É, portanto, muito importante considerar as características do vinho a escolher, se o quisermos apreciar devidamente, sem comprometer a experiência gastronómica e vice-versa. Assim, apesar de não constituírem, regras absolutas, consideram-se os seguintes princípios de harmonização:
- Para pratos doces, recomendam-se vinhos igualmente doces, idealmente, com boa acidez;
- Receitas salgadas, combinam bem com vinhos ácidos, com algum tanino;
- Para alimentos ricos em acidez e frescura, recomendam-se vinhos ácidos, idealmente mais encorpados, com alguma doçura;
- Alimentos amargos, assim como confeções com especiarias, fazem uma boa dupla com vinhos ácidos.
Considerando o acima exposto, podemos dizer que, da mesma forma que “há uma tampa para cada tacho”, também existe um vinho para cada prato.
Agora que percebe o papel e as implicações de uma boa harmonização, vamos, então, aprofundar um pouco mais o conceito, procurando direcionar a escolha do vinho, a pratos tradicionalmente partilhados, na mesa de Páscoa.
Começamos pelas entradas…
Como bons portugueses, temos por experiência que, na época de Páscoa, antes e depois dos pratos principais, entre os mais variados acepipes, certamente não faltarão os típicos queijos e enchidos.
Para acompanhar estes petiscos, os vinhos mais recomendados serão os tintos, como, por exemplo o Encosta do Vale Galego Colheita Tinto, com aroma de frutos vermelhos maduros e nuances a frutos silvestres, notas de doce e especiarias.
Celebrando o advento da primavera, também os rosés, que se tornaram numa tendência recente, podem, neste caso, constituir uma boa opção de harmonização, como será o caso do Alucinado Rosé ou do Caminhos Cruzados Rosé, com volume equilibrado pela acidez e final fino e persistente, demonstrando um enorme potencial gastronómico.
Passamos para os pratos típicos da Páscoa…
Neste caso, a escolha do vinho, dependerá, em boa parte, da tradição gastronómica da região onde se encontra.
Trás-os-Montes
Se estiver em Trás-os-Montes, provavelmente, não faltarão, na mesa, o folar de carne e os enchidos.
Aqui, a nossa sugestão recai sobre vinhos tintos leves e elegantes, em particular, vinhos transmontanos, como o Valle Pradinhos Reserva Tinto, um monocasta Baga, da Península de Setúbal, como o Comendador da Costa Edição Limitada, ou até um Dão, de castas tradicionais portuguesas (Jaen ou o Alfrocheiro), como o Tazem Reserva Tinto, bem como um Pato Frio Red Edition, das planícies alentejanas.
Região Centro
Servida, principalmente na região Centro do país, a Chanfana constitui um dos pratos mais típicos, da tradição gastronómica portuguesa. Um prato intenso, feito de carne de cabra velha, assada em forno a lenha, que deve ser acompanhado por tintos concentrados e com acidez, como um Gáudio Clássico Tinto que pode ser a companhia ideal, para este prato.
Beira Litoral
Já na Beira Litoral, a tradição dita que se asse um leitão, para o qual se recomenda um branco de regiões mais litorais como Lisboa, uma vez que terão mais frescura, a par de bom corpo e concentração.
Também os Rosés Herdade dos Templários ou Encosta do Vale Galego descrevem, pelas suas particularidades, duas excelentes opções de harmonização.
No entanto, caso a sua preferência recaia sobre um espumante, para acompanhar este prato, recomendamos uma opção mais elegante e aromática, como um Tazem Meio Seco.
Alentejo
Por outro lado, se passar a Páscoa no Alentejo, é quase certo que se irá deparar com um belo Ensopado de Borrego, na mesa.
Sendo o caso, a sugestão da nossa equipa, passa por acompanhar o prato com vinhos de maior complexidade e acidez. Um Bafarela Grande Reserva por exemplo, promete não desapontar.
A Estrela da mesa de Páscoa
Já percorremos vários pontos de interesse gastronómico do país, contudo, certamente reparou na ausência de um prato muito especial, certo?
Como não poderia deixar de ser, o cabrito assado, é um dos preferidos, para servir nesta data, um pouco por todo o país e, sem dúvida, um dos pratos mais típicos e representativos da tradição gastronómica de Páscoa.
Com tempero apurado, a harmonização perfeita, deste prato, deve ser feita com recurso a tintos mais opulentos e concentrados.
Acreditamos que irá beneficiar e surpreender-se com a estrutura elegante de um Convento de Tomar Reserva Tinto.
Terminado o prato principal, nada melhor, para terminar uma deliciosa refeição, do que uma sobremesa tipicamente portuguesa. Também aqui temos recomendações para terminar em grande.
E terminamos com a sobremesa!
Quando falamos em Páscoa, para além das tradicionais amêndoas, que constituem um dos principais símbolos gastronómicos da celebração, somos, imediatamente remetidos para os típicos Folar e Pão-de-Ló ou mesmo, ainda que mais comuns, fora desta época, Doces Conventuais e Queijadas.
Devendo optar por vinhos doces e com boa acidez, a nossa recomendação, recai sobre um Reguengos Licoroso ou um Moscatel do Douro, da Real Companhia Velha, podendo ser harmonizados com sobremesas ou simplesmente apreciados como digestivo.
Com vontade de experimentar estas harmonizações e tornar a sua refeição de Páscoa ainda mais especial?
Na Casa dos Vinhos 14 Regiões, criámos Packs de Páscoa, com vinhos selecionados pela nossa equipa, para a harmonização perfeita com a sua ementa de Páscoa, desde as entradas à sobremesa - com 10% de desconto e a oferta de um pacote de amêndoas - para que não tenha de se preocupar com a escolha do vinho ideal.